domingo, 30 de novembro de 2008

Um direito ameaçado: 'não' à restrição da meia-entrada

O direito à meia-entrada para estudantes em eventos culturais existe no Brasil desde a década de 40. Serve para garantir a formação plena aos jovens que aprendem não só quando estão em sala de aula, mas também indo a teatros, cinemas, museus. O projeto de lei 188/ 07 que tramita no Senado ameaça esse direito histórico, legítimo e conquistado com muita luta por diversas gerações do movimento estudantil.

Por Lúcia Stumpf*, na Folha de S.Paulo

A UNE, nos seus 70 anos de história, sempre teve uma atuação marcante no desenvolvimento da cultura nacional. Na década de 60, o Centro Popular de Cultura (CPC) forjou uma geração de artistas que até hoje se destaca no cenário brasileiro.

Hoje, o Centro Universitário de Cultura e Arte da UNE, o Cuca, além de formar jovens artistas, promove o diálogo entre a cultura erudita e a popular. A Bienal de Arte da UNE, que em janeiro de 2009 chegará à 6ª edição, é o maior festival artístico de juventude da América Latina.

Além de fomentar, a UNE defende a democratização do acesso à cultura, formando cidadãos e platéias conscientes. O direito à meia-entrada é o principal instrumento que os estudantes têm para conseguir fazer parte do cenário artístico do país.

É fato que, hoje, esse direito já não mais existe na prática. Desde a edição da medida provisória 2.208/01, de autoria do então ministro da Educação Paulo Renato Souza, assistimos à desregulamentação da meia-entrada.

A medida provisória abriu espaço para que oportunistas de plantão montassem um verdadeiro mercado de falsas carteiras de estudante, emitidas agora por qualquer instituição ou estabelecimento, dando origem às fraudes. Essa proliferação descontrolada permitiu que estabelecimentos artísticos elevassem o preço dos ingressos, fazendo com que, na prática, o preço que pagamos como se metade fosse seja o valor integral.

Os cidadãos de bem, que não se corrompem mesmo com a facilidade de obter um documento falso, são submetidos a preços exorbitantes e incompatíveis com a renda média da população.

São os estudantes os maiores interessados em uma nova e urgente regulamentação da meia-entrada. Precisamos revogar a medida provisória 2.208/01 e estabelecer um novo marco regulatório capaz de atacar o verdadeiro problema: as falsas carteiras estudantis. Defendemos a criação de um documento único, padronizado nacionalmente, que possua mecanismos capazes de coibir a falsificação. Defendemos ainda a criação de um conselho nacional fiscalizador capaz de validar as carteiras emitidas pelas entidades estruturadas e reconhecidas nacionalmente.

Porém, não podemos aceitar calados a tentativa de limitar o acesso dos estudantes ao benefício da meia-entrada. A essência do projeto analisado hoje no Senado é a restrição do direito à meia-entrada para os estudantes, e não a resolução dos reais problemas que enfrentamos.

A limitação do acesso à meia-entrada, a partir da criação de um limite de 40% de ingressos — a serem disputados entre estudantes e idosos —, sem a regulamentação da emissão da carteira de identificação estudantil atenta apenas à questão financeira dos empresários artísticos.

O Congresso Nacional deve se debruçar sobre o tema para solucionar o problema enfrentado pelos estudantes que já não conseguem mais acessar o direito à meia-entrada. O rigor da lei deve estar voltado à aplicação do benefício da meia-entrada, e não à restrição desse direito.

A juventude brasileira é a parcela da população que mais sofre as conseqüências das mazelas sociais. São os jovens as maiores vítimas da violência, do desemprego e da falta de perspectivas. Retirar dos estudantes o direito de acesso à cultura será um duro golpe numa geração já bastante sofrida. Não podemos pagar o preço da ganância de uns poucos empresários.

Chamamos a sociedade e o Congresso Nacional para olhar o problema como um todo e a partir da perspectiva dos verdadeiros atingidos pela desregulamentação do direito à meia-entrada: os estudantes. Queremos, sim, uma nova lei capaz de ampliar nosso direito, mas nunca restringi-lo. Abaixo a medida provisória 2.208/01! Pela regulamentação da emissão de carteiras sem restrição do direito!

* Lúcia Stumpf é presidente da UNE


terça-feira, 25 de novembro de 2008

SINTE-PI participa de curso sobre comunicação sindical no RJ

O professor João Correia representou o sindicato no evento que aconteceu de 19 a 23 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro

O Diretor de Comunicação do SINTE-PI, professor João Correia da Silva, representou o sindicato no 14° Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação. O evento aconteceu entre os dias 19 a 23 de novembro, no Rio de Janeiro.

O curso marcou os 14 anos de existência do Núcleo Piratininga de Comunicação, e homenageou os 90 anos do assassinato de Rosa Luxemburgo, filosofa marxista, que também foi editora do jornal revolucionário Bandeira Vermelha. O NPC, como é mais conhecido, desenvolve um importante trabalho na área da comunicação sindical, envolvendo como principais temas as lutas dos trabalhadores e a política sindical. O curso deste ano reuniu estudiosos e especialistas que abordaram diversos temas relacionados à comunicação sindical, envolvendo-a em um panorama nacional e global.

“O evento promovido pelo NPC teve um cunho transformador para todos nós que participamos. Foi uma experiência impar e bastante importante para dirigentes e jornalistas sindicais, que tiveram a oportunidade de conhecer a realidade da comunicação sindical em nível nacional de todos as classes e, debater as diversas formas de elaborar e pautar os veículos de comunicação dos trabalhadores” afirmou João Correia.


Veja mais fotos do evento:



domingo, 9 de novembro de 2008

SINTE-PI CONTINUA O PROJETO DE EXPANSÃO DA COMUNICAÇÃO


O SINTE-PI - Sindicato dos trabalhadores de Educação Básica Pública do Estado do Piaui, através de um grande esforço desenvolvido pelo Diretor de Comunicação Prof. João Correia está expandindo o trabalho da comuicação para que possa vir a alcançar o maior numero de sócio possível, através da noticia das ações desenvolvidas pelo SINTE-PI diáriamente. O SINTE-PI, além de contar com um jornal bimestral, um informativo mensal, um programa (A Voz da Educação) de uma hora e meio todos os sábados de 08:00 às 9:30 da manhã na Rádio Pioneira de Teresina AM a Página na Internet: www.sintepiaui.org.br e muitas participações na imprensa falada e escrita. Agora neste sábado 08 de novembro foi para o ar, através da Rádio Verdes Campo SAT, Via Satélite para toda a America Latina e ON-Line para todo o mundo o Program Educação em Debate, um novo programa produzido pela Diretoria de Comunicação do SINTE-PI. Agora todos os Sábados de 07:00 às 7:30 da manhã os Trabalhadores do Piauí e em especial os Trabalhadores em Educação do Estado do Piauí tem um encontro marcado com o Program "Educação em Debate" onde estaremos levando aos nossos sócios o resumo das notícias da semana de todas atividades que envolve a nossa luta. Sempre em busca de uma Educação de Qualidade para todos. Diz o Diretor de Comunicação Prof. João Correia.

sábado, 8 de novembro de 2008

Inflação no Brasil já sofre com os efeitos da alta do dólar

Inflação no Brasil já sofre com os efeitos da alta do dólar
A alta do dólar já foi sentida no resultado da inflação de outubro e ameaça teto da meta do BC.

A alta do dólar já foi sentida no resultado da inflação de outubro medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que subiu a 0,45%, após quatro meses de desaceleração, e ameaça o teto da meta estipulada pelo BC (Banco Central), de 6,5% no ano.

Apesar de não ter sido decisiva, a valorização cambial fez com que alimentos como o arroz e o feijão fizessem trajetória inversa a commodities cotadas no mercado internacional. De acordo com a coordenadora de Índice de Preços do IPCA, Eulina dos Santos, é possível que os efeitos do dólar sejam ampliados nos próximos meses.

"Há indícios de certa pressão do dólar em alguns produtos como o arroz e o feijão, que vêm apresentando menor oferta e requerem importação para complementar a oferta. Mas não se pode afirmar que toda a alta da inflação seja em função do dólar", afirmou.

A taxa acumulada de 6,41% em 12 meses é a maior desde os 6,57% constatados em julho de 2005, e está cada vez mais próxima do teto da meta fixada pelo BC.

Eulina dos Santos chamou a atenção também para alta de 1,27% entre os produtos de vestuário. Segundo ela, pode ter havido também influência do câmbio, já que muitos produtos são importados, principalmente da China.

As carnes também subiram em outubro, com alta de 3,61%, e segundo a economista do IBGE, apresentam movimento de elevação semelhante ao verificado no segundo semestre de 2007. No ano, as carnes aumentaram 20,43%, e nos últimos 12 meses, acumulam alta de 37,75%.

Os alimentos, com alta acumulada de 10,04% no ano, já se aproximam dos 10,79% registrados ao longo de 2007. Eulina dos Santos destacou que as commodities como a soja continuam em baixa e não pressionaram a inflação.

Entre os produtos não-alimentícios, além dos artigos de vestuário, subiram o aluguel residencial (de 0,62% em setembro para 0,86% em outubro), artigos para reparos de residência (de 1,27% para 1,84%), passagens aéreas (de 0,93% para 1,23%) e empregados domésticos (de 0,94% ara 1,11%).

Entre as regiões pesquisadas, as maiores altas foram notadas em Brasília (0,60%), Recife (0,59%) e Goiânia (0,58%). Já o menor índice foi verificado em Belo Horizonte (0,18%). No acumulado do ano, Belém tem 6,64% de alta, seguido por Recife (5,92%) e Porto Alegre (5,65%).
Fonte: Folha Online

Pesquisa mostra que povo desconhece que PAC é federal

Agência Estado

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é pouco conhecido pela população, que ainda confunde a autoria das obras e não sabe se o investimento foi feito pelo governo federal, por Estados ou por municípios. A conclusão consta de uma pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), em todo o País, e acendeu o sinal amarelo no Palácio do Planalto O levantamento foi realizado há um mês para medir a eficiência dos programas do governo, às vésperas das eleições municipais, e orientar as ações de propaganda. Os problemas de identidade que atingem o PAC, também revelados em sondagens qualitativas para medir a impressão dos eleitores, surpreenderam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na tentativa de dar visibilidade ao plano e ao conjunto de investimentos no País, Lula promoverá uma megarreunião no Palácio do Planalto, na próxima quinta-feira A pajelança reunirá empresários, integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, líderes e presidentes de partidos da aliança governista. Ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - candidata predileta do Planalto para a disputa presidencial, daqui a dois anos -, Lula dirá que há investimentos garantidos no País até 2012. A "mãe do PAC", como Dilma foi batizada por Lula, ficará novamente sob os holofotes O presidente tem reclamado com freqüência da divulgação precária dos programas de seu governo. Fica contrariado também com o fato de prefeitos e governadores não darem crédito para as obras federais.