terça-feira, 28 de outubro de 2014
Foguete americano com destino à ISS explode logo após o lançamento
RIO – Uma falha catastrófica de causas ainda desconhecidas levou à perda do foguete Antares e da cápsula Cygnus que levariam cerca de 2,5 toneladas de suprimentos, experimentos e outros equipamentos para a Estação Espacial Internacional (ISS) na noite desta terça-feira. Em imagens transmitidas ao vivo on-line pela NasaTV foi possível ver o foguete deixar a plataforma de lançamento da base de Wallops, no estado da Virgínia, para apenas seis segundos depois desabar de volta ao chão e explodir.
Esta missão não tripulada seria a terceira da empresa americana Orbital Sciences dentro de contrato de US$ 1,9 bilhão com a Nasa para a realização de oito voos de carga para a estação até o fim de 2016. De acordo com as primeiras informações disponíveis, todo o pessoal da base já foi contabilizado e ninguém ficou ferido com a explosão, que, no entanto, destruiu a plataforma.
Uma grande vitória da classe trabalhadora no Brasil
De um ponto de vista classista o resultado do segundo turno das eleições presidenciais realizado no último domingo (26) deve ser analisado e exaltado acima de tudo como uma grande vitória da classe trabalhadora brasileira. Ao nosso êxito correspondeu, do outro lado, uma clara derrota das frações hegemônicas da classe dominante: a grande burguesia e sua mídia golpista, os banqueiros, os especuladores, os velhos e novos latifundiários e o imperialismo, representados pela candidatura tucana e neoliberal de Aécio Neves.
Não restam dúvidas de que foi um dos pleitos mais disputados e polarizados da história brasileira, com uma desesperada iniciativa golpista de última hora protagonizada pela revista “Veja” e respaldada pelo “Estadão”, a “Globo” e outros monopólios da comunicação. Uma vez mais o povo não se deixou enganar, soube discernir o joio do trigo, tendo identificado e derrotado seus verdadeiros inimigos, abrindo caminho para concretizar as mudanças mais profundas que o povo e a nação reclamam.
Diante do risco de derrota para o candidato da direita sinalizado pelos institutos de pesquisa (bem como pelo posicionamento de Marina e da cúpula do PSB), a militância dos movimentos sociais e partidos políticos progressistas se uniu e ganhou as ruas durante o segundo turno, disputando voto a voto. Este movimento dos militantes foi essencial para reverter a onda conservadora que já havia se revelado na nova composição do Congresso Nacional e virar o jogo a favor de Dilma Rousseff.
A vitória evitou que o país caminhasse para trás. Aécio seria o retrocesso em toda linha, começando pelo ajuste fiscal anunciado por Armínio Fraga, acompanhado de demissões em massa e recessão econômica; o fim da política de valorização do trabalho e dos salários; a flexibilização da legislação trabalhista; a perseguição e criminalização das lutas sociais; a privatização do Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobras; o esvaziamento do Mercosul; a subordinação do Brasil ao projeto imperialista dos EUA.
As batalhas eleitorais deste outubro não deixaram apenas saldos positivos. A composição social e política do Congresso Nacional, que já não era lá grande coisa, sofreu um notório revés. Tornou-se ainda mais conservadora, hostil aos projetos oriundos da classe trabalhadora e favorável à agenda regressiva apresentada pelos porta-vozes do patronato. O crescimento da direita também se refletiu no resultado final da eleição presidencial.
A leitura classista da conjuntura indica que é indispensável avançar nas mudanças para consolidar o que foi conquistado ao longo dos últimos 11 anos, evitar futuros retrocessos e viabilizar a agenda da classe trabalhadora por um novo projeto de desenvolvimento nacional com valorização do trabalho, soberania e democracia.
O caminho das mudanças passa pela realização de reformas democráticas estruturais, começando pela reforma política e da mídia, bem como pelo atendimento de demandas históricas do nosso povo e das centrais traduzidas na pauta trabalhista, como mais investimentos no SUS, bem como em educação e transporte público; fim do fator previdenciário (com o qual a presidenta Dilma se comprometeu); reforma agrária; redução da jornada de trabalho; rejeição do PL 4330 (que escancara a terceirização) e a ratificação das convenções 151 e 158 da OIT, entre outras.
Alcançar tudo isto não será nada fácil, especialmente diante da correlação de forças na Câmara Federal e Senado. Mas é plenamente possível. O fator chave, que constitui o desafio número 1 da CTB, bem como do conjunto dos movimentos sociais, do governo federal e forças progressistas do país, é elevar o grau de consciência e mobilização da classe trabalhadora e do povo brasileiro, pois só como (muito) povo nas ruas lograremos as transformações que o Brasil reclama.
São Paulo, 27 de outubro de 2014Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
VEM AI....OS SEM VOTOS NO SENADO. AGUARDEM!!!
Senado pode ter um terço de políticos ‘sem voto’ em 2015
Políticos que não receberam nenhum voto nas urnas poderão ocupar mais de um terço do Senado Federal nos próximos quatro anos. Segundo levantamento da ONG Transparência Brasil, até 28 das 81 cadeiras poderão ser ocupadas por suplentes na próxima legislatura.
Atualmente, a bancada dos ‘sem voto’ é de 18 congressistas. Outros oito suplentes podem ocupar vagas com a eleição de senadores ao cargo de governador. Dois senadores eleitos já conseguiram vitórias no primeiro turno das eleições para governos estaduais: Pedro Taques (PDT), no Mato Grosso, e Wellington Dias (PT), no Piauí.
Outros seis senadores concorrem ao governo no segundo turno e podem sair do cargo, abrindo espaço para nomes mais desconhecidos. São eles: Eduardo Braga (PMDB-AM), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Delcídio do Amaral (PT-MS), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).
Além deles, a chapa tucana à presidência da República conta com dois congressistas: Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Caso os tucanos vençam esta eleição, eles serão substituídos na casa legislativa.
Entre os dez suplentes que podem assumir a cadeira, somente três já exerceram cargos eletivos. Seis deles exercem algum tipo de atividade empresarial.
Leia o levantamento da Transparência Brasil e saiba quem substituiria cada um destes senadores. A organização também mostra os processos que cada um deles responde na Justiça.
O que é um suplente
Quando concorre ao cargo, cada senador tem dois suplentes em sua chapa. Apesar de ganharem pouca atenção na campanha, o nome deles deve constar em todo material impresso e o seu retrato deve aparecer na urna eletrônica.
O primeiro-suplente assume o cargo caso o senador renuncie, morra ou se licencie para ocupar outro cargo. A prática é comum devido a indicação deles para ministérios e a ida para governos de estados.
Da mesma forma, o segundo-suplente assume o cargo caso o primeiro-suplente saia dele. O processo é distinto da Câmara dos Deputados e demais assembleias, onde o substituto é o deputado com mais votos da mesma coligação.
Os suplentes são normalmente nomes poucos conhecidos mas importantes para financiar as campanhas dos cabeças de chapa. Segundo a Transparência Brasil, metade dos primeiros-suplentes (27 de 54) dos eleitos em 2010 contribuiu para a campanha dos titulares. Em 2014, de acordo com dados parciais de prestações de contas, quatro dos 27 primeiros-suplentes já realizaram doações para os titulares
Brasil teve 70% mais queimadas em 2014 que no ano anterior, indica Inpe
A quantidade de queimadas no Brasil entre 1º de janeiro e 16 de outubro deste ano aumentou 70% em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com o site do sistema de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. Na comparação entre 1º a 16 de outubro de 2014 e 2013, a elevação de focos de incêndio no país aumentou 105%.
No acumulado do ano, foram 140.907 pontos de queimada até esta quinta-feira (16), contra 82.426 do ano passado. Mato Grosso foi a unidade federativa com mais focos, com 25.374 registrados, número 62% superior ao montante detectado no ano passado. O Pará vem em seguida, com 19.863 (+127%), seguido do Maranhão, que teve até agora 16.962 pontos de calor captados pelos satélites do Inpe.
Na somatória dos últimos 16 dias ocorreram 25.466 incêndios. Mato Grosso também aparece como o maior responsável pelas queimadas do país, com 4.115 focos (+211%) em relação ao mesmo período de 2013. Maranhão é o segundo da lista, com 3.608 pontos (116%). Minas Gerais vem logo depois, com 3.553 queimadas, alta de 435% em relação ao ano passado.
De acordo com o sistema do Inpe, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013 foram registrados 115.220 focos de incêndio no Brasil. Um ano antes, 2012, no mesmo período foram detectadas 193.838 queimadas no país.
Situação crítica no Rio
No Rio de Janeiro, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Região Serrana do estado, o fogo já destruiu 6 km² de vegetação dentro e fora do parque. As cidades que ficam dentro dos limites da área de preservação - Guapimirim, Magé, Petrópolis e Teresópolis – já receberam reforço nas equipes de Corpo de Bombeiros. São 200 bombeiros por dia, 20 carros e quatro aeronaves de plantão. Um gabinete para gerenciamento de crises foi criado pela corporação.
Em São Paulo, um incêndio atingiu a Serra da Cantareira e devastou uma área de 0,3 km², segundo levantamento do Corpo de Bombeiros. A suspeita é de que as chamas tenham começado após um balão cair na região. O fogo só foi controlado na terça-feira (14).
Em Minas Gerais, o fogo destruiu cerca de 25 km² da serra de Carrancas durante cinco dias e foi controlado apenas nesta sexta-feira (17). Duas pessoas morreram enquanto tentavam combater o incêndio e caíram em um buraco de cinco metros de profundidade.
Fogo é provocado pelo homem
Os satélites do Inpe conseguem diagnosticar todos os focos de incêndio que tenham pelo menos 30 metros de extensão por 1 metro de largura.
Quase todas as queimadas hoje são causadas pelo homem, seja de forma proposital ou acidental. As razões variam desde limpeza de pastos, preparo de plantios, desmatamentos e colheita manual de cana-de-açúcar até balões de São João, disputas por terras e protestos sociais.
Segundo o Inpe, as queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causam empobrecimento do solo e reduzem a penetração de água no subsolo, além de gerar poluição atmosférica com prejuízos à saúde de milhões de pessoas e à aviação.
Denúncias de incêndios criminosos podem ser feitas ao Corpo de Bombeiros, às prefeituras, às secretarias estaduais do Meio Ambiente e ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
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