domingo, 24 de agosto de 2008

José Teles admite problema em treinamento, mas sai satisfeito

Maratonista comemorou ter completado a prova em Pequim, mesmo sem faturar medalha.

Teles, o último no pelotão da foto, só arrancou na segunda metade da prova

Após cruzar a linha de chegada da Maratona na 38ª posição, o fundista piauiense José Teles falou com a imprensa e admitiu que o treinamento de um mês na altitude da Colômbia pode ter tido seu lado negativo. O maratonista se disse satisfeito com a participação nos Jogos Olímpicos de Pequim, mas confirmou que as condições climáticas atrapalharam, ao invés de ajudarem como estava previsto.
Acostumado a treinar na poluição de São Paulo e já prevenido com o calor chinês por ter nascido no sertão do Piauí, José Teles esperava que as condições fossem ser favoráveis, mas sentiu que estava errado logo nos primeiros quilômetros. Talvez ele não esperasse o ritmo tão forte da prova, mas a altitude colombiana que ajuda fundistas pode ter sido um tiro no pé.
"Lá era um pouco frio e seco, enquanto aqui estava muito quente e úmido. A gente corria uns dois quilômetros e a boca já ficava seca", disse à Reuters Brasil depois de completar a prova, sobre a cidade de Paipa, cerca de 2.400m de altitude. Em Pequim, o clima quente e úmido era o mesmo com o qual Teles está acostumado no Brasil, não na Colômbia. "Eu precisei reduzir o ritmo depois da metade da prova para poder concluir, senão não ia dar", acrescentou.
Marilson Gomes dos Santos, com quem treinou em Paipa, e Franck Caldeira não concluíram a Maratona.
Para completar a prova, valeu a experiência de quem detém a segunda melhor marca no ranking nacional. Disposto a manter o ritmo na primeira metade para só arrancar nos 21 quilômetros finais, José Teles ganhou mais de 30 posições enquanto os demais ficavam pelo caminho, e não alcançou o pelotão de frente porque a diferença para os líderes já era grande. Mas o fundista se diz satisfeito. "A sensação de entrar nesse estádio, com as arquibancadas cheias, é muito boa. Valeu toda a dificuldade até hoje para chegar aqui", completou.
Fábio Lima (com informações da Reuters)
fabiolima@cidadeverde.com

sábado, 23 de agosto de 2008

HORA DOS MARATONISTAS EM PEQUIM




22|08|2008 - 18:31 | Benê Turco - Assessor de Imprensa da CBAt
São Paulo - Como é tradicional nos Jogos Olímpicos, a maratona masculina será o último evento de Pequim 2008. O início da prova acontecerá neste sábado, dia 23, às 20:30 (hora de Brasília), com a presença de três representantes do Brasil: Marilson dos Santos, José Teles de Souza e Franck Caldeira.

Marilson tem no currículo o título da Maratona de Nova York em 2006, quando marcou 2:09:58. Até hoje, é o único sul-americano a vencer a prova de rua mais importante do planeta. O recorde pessoal do brasiliense, de 31 anos, é 2:08:37, conseguido em Londres no ano passado.

Já o piauiense José Teles tem 2:12:24 como recorde pessoal, conseguido em Milão no ano passado. Teles, de 37 anos, venceu a Maratona de São Paulo em 2005 e foi o 18º colocado na prova no Mundial de Osaka 2007.

O mineiro Franck Caldeira, de 25 anos, foi campeão pan-americano no Rio de Janeiro no ano passado. Sua melhor marca é 2:12:32, alcançada em Paris, este ano. Em 2002, foi o melhor ocidental nos 10.000 m no Mundial de Juvenis de Kingston, ao terminar em 7º lugar.

Entre os favoritos para o pódio, os brasileiros enfrentarão o campeão olímpico em Atenas 2004 Stefano Baldini (Itália). Baldini - que tem 2:07:22 como recorde pessoal - alcançou a liderança da prova nos Jogos da Grécia depois que o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima - até então em primeiro lugar - foi agredido por uma manifestante. Vanderlei ainda voltou à prova e ganhou a medalha de bronze.

Outros nomes importantes entre os inscritos são os quenianos Martil Lel (que tem 2:05:15 na prova) e Samuel Wanjiru (2:05:24), o marroquino Abderrami Goumri (2:05:30), o sul-africano Hendriick Ramaala (2:06:55), o etíope Deriba Merga (2:06:38).


REVEZAMENTO
O Brasil disputou neste sexta-feira (22), a preliminar do revezamento 4x400 m feminino. O quarteto nacional - formado por Maria Laura Almirão, Josiane Tito, Emmily Pinheiro e Lucimar Teodoro - marcou 3:30.10 e não conseguiu passar à prova final. A melhor marca foi da equipe dos Estados Unidos, com 3:22.45.


MAIS INFORMAÇÕES NO SITE OLÍMPICO DA CBAt, NO ENDEREÇO ABAIXO:
http://www.cbat.org.br/competicoes/beijing2008/default.asp

FOTO: Franck Caldeira (Bruno Miani/Divulgação CBAt)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

ZÉ TELES VAI BRILHAR EM PEQUIM

Jose´Teles está confiante para subir ao podio em Pequim ele garantiu vaga com o segundo melhor tempo do Brasil: 2h12min23segJosé Teles já está no Brasil, mas fica por aqui por pouco tempo. O maratonista piauiense natural da cidade do Rio Grande do Piauí, chegou na madrugada desta terça-feira e já embarca na noite de quarta para Pequim, onde disputa os Jogos Olímpicos pela primeira vez. O fundista falou por telefone com o Cidadeverde.com, que acompanhou a trajetória dos treinamentos do piauiense em Paipa, na Colômbia, nos últimos 33 dias. José Teles, mesmo não estando entre os favoritos, declarou que quer brigar por uma medalha.
"Vou brigar de igual para igual, correndo na casa de 2h15min no máximo. Com os treinamentos, vou brigar por medalha, sim", declarou o fundista ao Cidadeverde.com, antes de fazer um treino leve para relaxar a musculatura após a viagem. A corrida de aproximadamente 40 minutos deve ser a penúltima antes do embarque para a China, marcado para 21h45min de quarta-feira.
Teles acredita que, mesmo com a força dos africanos, o forte calor e a poluição vão deixar a prova mais equilibrada. Já é consenso que não haverá quebra de recorde em Pequim, e tempos abaixo de 2h10min são bastante improváveis.
O treino na altitude animou José Teles, que esteve por mais de um mês correndo acima de 2,4 mil metros do nível do mar. "A preparação foi muito boa. Estou pronto para fazer o melhor", concluiu.
Teles sempre se declarou piauiense de coração, apesar de hoje morar e treinar em São Paulo. Deixou sua cidade natal, onde morava na zona rural, e decidiu mudar-se para São Paulo para procurar emprego em 1989. "A situação dos meus pais era muito difícil, e resolvi fazer como meu irmão mais velho, que já estava empregado", afirmou em recente entrevista. Em pouco mais de dois meses, arranjou emprego operando uma empilhadeira.Sua iniciação no esporte também ocorreu por intermédio do irmão, que já participava de provas de corrida de rua. Dois anos depois, passou a treinar regularmente no Sesi. Em 1997, já com dificuldades para conciliar os treinamentos com a rotina de trabalho, tornou-se atleta profissional.A dificuldade do período inicial foi superada com a conquista do primeiro título, na Corrida Sargento Gonzaguinha, em 1998, em Santos. A boa exposição lhe rendeu os patrocínios, e ele pôde dar seqüência à carreira. No mesmo ano, foi o sétimo colocado na São Silvestre. Em 1999, foi bicampeão na Gonzaguinha e venceu a Corrida de Reis, em São Caetano do Sul, que também voltaria a vencer no ano seguinte.Em 2000, Teles foi o sexto colocado na Maratona de Los Angeles e o décimo na Maratona de Berlim. Em 2001, venceu o Troféu Cidade de São Paulo. Em 2005, levou o título da Maratona de São Paulo. No último Mundial, em Osaka, no Japão, no ano passado, foi o 18º colocados.Nós que fazemos parte da Associação de Amigos do Rio Grande do Piauí (AARGPI), desde já estamos torcendo com todo vigor para que o nosso Campeão possa fazer bonito lá em Pequim. porque afinal de contas todos nós do Rio Grande estamos bastante orgulhosos por pudermos estarmos representados no maior evento esportivo do mundo que é a Olimpiáda. vamos lá Zé Teles força e muita sorte pra você nesta nova empleitada.

sábado, 9 de agosto de 2008

PROFISSÃO PROFESSOR


Outro dia estava conversando com uma colega de trabalho que me relatou um episódio desagradável envolvendo uma professora e seu aluno. Exasperada, mandou o adolescente calar a boca; e ele, que teve dificuldade em assimilar tal forma de repreensão, atirou uma cadeira em sua cabeça. Terrível. Evidência de como estão funcionando algumas de nossas salas de aula. Puxa vida! Onde foi que erramos? O que está acontecendo com nossos alunos e professores?

Não vou responder a essas perguntas, pois tenho certeza que muitos mestres reúnem melhores condições para fazê-lo. Estou longe das escolas e, portanto, sei que não sou a pessoa indicada para tecer considerações sobre esse assunto. No entanto, atendo inúmeros professores deprimidos com o exercício de sua profissão, e adolescentes sem qualquer limite, frutos da omissão parental.

Confesso que, às vezes, sinto compaixão de alguns professores atuais. Verdadeiros heróis diante da precariedade de recursos e hostilidade proveniente de certos alunos. Verifico que está faltando um acompanhamento psicológico e emocional para aquele que enfrenta, no dia-a-dia, situações altamente estressantes, sem ter com quem se abrir ou desabafar seus questionamentos.

Penso que cada escola deveria ter ao menos um psicólogo para acompanhar o corpo docente em seus conflitos. Professores estão tendo que se transformar em pai, mãe, multimídia, atores circenses... Tudo isso para conseguir educar. Mas, será que alguém se preocupa com o que se passa dentro dessas pessoas? Quantas frustrações reúnem; os problemas íntimos que possuem? Além de educar seus próprios filhos, necessitam se desdobrar para educar outros tantos que sequer sabem o que significa a palavra respeito.

Além disso, é imprescindível que o professor esteja sempre atualizado, pois dele é cobrado o conhecimento de coisas e situações diversas, nos variados campos. De ninguém se exige tanto em termos de conhecimento quanto do professor já que, a maior parte das outras profissões, está cada vez mais especializada.

Então, outros profissionais podem se esquivar dizendo que tal assunto não faz parte de sua especialidade, mas para o professor isso é muito mais difícil. Ele tem de investir pesado em cursos e livros se quiser ter o seu valor reconhecido e oportunidades de ascensão profissional.

Ciente de toda essa situação, humildemente recomendo aos professores o livro: Buscando a Felicidade. Lá poderão encontrar orientação referente a temas de grande interesse como: adoção, depressão, drogas, precocidade sexual, violência nas escolas, respeito, valores... Além disso, a obra conta com textos de ajuda, que subsidiam o desenvolvimento da auto-estima e confortam diante das situações estressantes e depreciação vivenciada no dia-a-dia.

Sei que a leitura não substitui os efeitos positivos de uma terapia ou acompanhamento psicológico, no entanto auxilia, apontando caminhos e dando sugestões. O livro pode ser adquirido através da internet, pelo site: www.amarlivros.com.br a um baixo custo. No momento, é tudo o que posso sugerir aos professores com o intuito de mitigar suas tristezas e lhes conferir estímulo para continuarem lutando.

* Psicóloga e escritora (contato@mariaregina.com.br). Conheça o novo site da autora: www.mariaregina.com.br.

DECISÃO DO STF REFORÇA INICIATIVA POPULAR

"Nossa causa é justa"

A decisão tomada ontem pelo Supremo Tribunal Federal, referente à vida pregressa dos candidatos, tomou por base os marcos legais eleitorais vigentes.

Por isso mesmo, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral considera que sua decisão de apresentar à sociedade brasileira nova iniciativa popular de projeto de lei se mostrou oportuna e pertinente.

Oportuna, porque a opinião pública brasileira repele candidaturas de pessoas com histórico pessoal incompatível com as responsabilidades da representação política. Um dos quesitos formulados em pesquisa recentemente divulgada pela AMB/Vox Populi já demonstra cabalmente: 88% dos brasileiros não aceitam candidatos já condenados em primeira instância.

Pertinente, porque a sociedade tem o direito de definir qual o perfil esperado dos postulantes a cargo eletivo.

Mais de 100 mil cidadãos(ãs) já assinaram o projeto de lei de iniciativa popular segundo o qual devem ser considerados inelegíveis:



a) as pessoas com condenação em primeira instância por crimes graves ou, no caso dos detentores de foro privilegiado, com denúncia recebida por um tribunal;

b) os que tenham renunciado para fugir de cassações;

A decisão do STF apenas demonstra a correção da via constitucional adotada pelo MCCE para a dignificação da atividade política no País.

O MCCE conclama a todos os envolvidos nessa iniciativa – militantes das organizações que o compõem e todos os indignados com a corrupção – para que intensifiquem a coleta de assinaturas e enviem imediatamente os formulários já preenchidos para sua sede em Brasília.

Para mais informações acesse a página www.mcce.org.br.

Brasília, 7 de agosto de 2008