sábado, 9 de agosto de 2008

PROFISSÃO PROFESSOR


Outro dia estava conversando com uma colega de trabalho que me relatou um episódio desagradável envolvendo uma professora e seu aluno. Exasperada, mandou o adolescente calar a boca; e ele, que teve dificuldade em assimilar tal forma de repreensão, atirou uma cadeira em sua cabeça. Terrível. Evidência de como estão funcionando algumas de nossas salas de aula. Puxa vida! Onde foi que erramos? O que está acontecendo com nossos alunos e professores?

Não vou responder a essas perguntas, pois tenho certeza que muitos mestres reúnem melhores condições para fazê-lo. Estou longe das escolas e, portanto, sei que não sou a pessoa indicada para tecer considerações sobre esse assunto. No entanto, atendo inúmeros professores deprimidos com o exercício de sua profissão, e adolescentes sem qualquer limite, frutos da omissão parental.

Confesso que, às vezes, sinto compaixão de alguns professores atuais. Verdadeiros heróis diante da precariedade de recursos e hostilidade proveniente de certos alunos. Verifico que está faltando um acompanhamento psicológico e emocional para aquele que enfrenta, no dia-a-dia, situações altamente estressantes, sem ter com quem se abrir ou desabafar seus questionamentos.

Penso que cada escola deveria ter ao menos um psicólogo para acompanhar o corpo docente em seus conflitos. Professores estão tendo que se transformar em pai, mãe, multimídia, atores circenses... Tudo isso para conseguir educar. Mas, será que alguém se preocupa com o que se passa dentro dessas pessoas? Quantas frustrações reúnem; os problemas íntimos que possuem? Além de educar seus próprios filhos, necessitam se desdobrar para educar outros tantos que sequer sabem o que significa a palavra respeito.

Além disso, é imprescindível que o professor esteja sempre atualizado, pois dele é cobrado o conhecimento de coisas e situações diversas, nos variados campos. De ninguém se exige tanto em termos de conhecimento quanto do professor já que, a maior parte das outras profissões, está cada vez mais especializada.

Então, outros profissionais podem se esquivar dizendo que tal assunto não faz parte de sua especialidade, mas para o professor isso é muito mais difícil. Ele tem de investir pesado em cursos e livros se quiser ter o seu valor reconhecido e oportunidades de ascensão profissional.

Ciente de toda essa situação, humildemente recomendo aos professores o livro: Buscando a Felicidade. Lá poderão encontrar orientação referente a temas de grande interesse como: adoção, depressão, drogas, precocidade sexual, violência nas escolas, respeito, valores... Além disso, a obra conta com textos de ajuda, que subsidiam o desenvolvimento da auto-estima e confortam diante das situações estressantes e depreciação vivenciada no dia-a-dia.

Sei que a leitura não substitui os efeitos positivos de uma terapia ou acompanhamento psicológico, no entanto auxilia, apontando caminhos e dando sugestões. O livro pode ser adquirido através da internet, pelo site: www.amarlivros.com.br a um baixo custo. No momento, é tudo o que posso sugerir aos professores com o intuito de mitigar suas tristezas e lhes conferir estímulo para continuarem lutando.

* Psicóloga e escritora (contato@mariaregina.com.br). Conheça o novo site da autora: www.mariaregina.com.br.

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