sábado, 7 de agosto de 2010

Professora sindicalista que fazia protesto é agredida em Timon

A professora Márcia Feitosa, uma das dirigentes do sindicato dos professores da rede municipal de ensino de Timon, foi agredida por um suposto funcionário da Secretaria Municipal de Educação. A agressão aconteceu na manhã desta quinta-feira durante protesto da categoria contra o atraso de salário(na foto acima professores echegando ao prédio da educação).

Segundo Norma Sueli, presidente do sindicato (SINTERPUM), tudo aconteceu após os servidores manifestantes percorrerem em carreata os bairros Conjunto Boa Vista e Parque Piauí em protesto com um caixão que simbolizava o atraso salarial na educação. A parada final da manifestação foi em frente à sede da Secretaria de Educação.

Os manifestantes instalaram o caixão na calçada da secretaria e fizeram discursos de repúdio contra a falta de pagamento de seus salários. A professora Márcia Feitosa estava discursando quando teve o microfone tomado de suas mãos por um suposto servidor da secretaria. Norma Sueli conta que ao tomar o microfone, ele teria dito: “você está sendo usada”. Em seguida desferiu um tapa no rosto da sindicalista.

A situação esteve quente e o servidor foi levado rapidamente para dentro da sede da secretaria por outros funcionários.
Márcia Feitosa registrou queixa ainda ao meio dia de hoje contra o agressor na delegacia da mulher. A delegada Vládia Holanda instaurou inquérito e vai ouvir o acusado da agressão.

A presidente do sindicato dos professores, Norma Sueli, telefonou para o titular do blog do Elias Lacerda e disse que não vai deixar barato a agressão. O sindicato vai disponibilizar um advogado para acompanhar o caso e exigir a punição.

Além de covardia, uma injustiça

O servidor talvez nem saiba, mas a mulher que ele agrediu foi uma no passado um dos nomes importantes para a chegada da aprefeita Socorro Waquim ao poder.

Em 2004 quando a prefeita foi eleita pela primeira vez na eleição que venceu Chico Leitoa, Márcia Feitosa(na foto ao lado do Portal Timon) já era professora sindicalista. Foi da sua voz que se ouviu protestos e críticas contra a uma educação que naquela época também chegou a atrasar salário.

Márcia, embora hoje talvez arrependida, acreditou que Socorro Waquim poderia mesmo mudar para bem melhor a cidade de Timon. Naquele ano, mesmo sem autorização do sindicato, subiu no palanque da prefeita atual. Emprestou sua força e fé que dias melhores viriam.

Hoje Márcia Feitosa levou um tapa no rosto.O tapa desferido, além de ter sido uma atitude covarde, pois não se bate em mulher, foi também uma injustiça com a aguerrida professora sindicalista que tanto fez e faz pela melhoria da educação municipal.

Portanto, não foi somente Márcia Feitosa agredida, mas a história recente de luta por melhorias da educação municipal a qual a professora tem participado ativamente.

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