Ao contrário, serão beneficiados com esses recursos, políticos e empresários como o próprio João Batista Fernandes e o deputado federal Marcelo Castro
Atualizada em 25/11/2010 - 18h32
Nem mesmo os recentes escândalos envolvendo políticos, empresários e até um juiz envolvido em casos de grilagem de terras no Sul do Piauí, parece intimidar o Secretário de Meio Ambiente do Piauí, Dalton Macambira. Mesmo com toda a repercussão na mídia do projeto de instalação de uma gigantesca carvoaria na Serra Vermelha, liderada pelo empresário João Batista Fernandes, da JB Carbon, foi suficiente para que os políticos do Piauí desistissem de beneficiar o empreendimento.
Ao contrário, o Governo do Piauí sob a liderança de Dalton Macambira, fez tanta pressão junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e ao Instituto Chico Mendes (ICMBio), que o Ministro Paulo Bernardo Silva, do Planejamento, apresentou um Projeto de Lei na comissão mista do orçamento, destinando R$ 150 milhões para o MMA indenizar os proprietários de terras nas proximidades do Parque Nacional Serra das Confusões. Parece loucura, mais isso não muda em nada a situação de abandono da Serra Vermelha.
Ao contrário, serão beneficiados com esses recursos, políticos e empresários como o próprio João Batista Fernandes e o deputado federal Marcelo Castro, que dizem ter propriedades nessa região. “O mais grave de todo esse escândalo, é que a área da Serra Vermelha, motivo de tantas campanhas pela preservação da área, ficará de fora desse trecho que será ampliado na Serra das Confusões” desabafa a jornalista Tânia Martins, que representa os ambientalistas no Grupo de Trabalho criado pelo MMA.
Com esse projeto de Lei, o empreendimento Energia Verde, da JB Carbon, fica de fora da área de ampliação do parque das Confusões e a produção de carvão vegetal oriundo de matas nativas do Piauí, pode retornar a qualquer momento, mesmo que o empresário tenha tido sucessivas derrotas na Justiça Federal que cancelou o projeto.
Alguns meses atrás o próprio presidente Lula, foi aconselhado a não assinar o decreto de ampliação do Parque Nacional Serra das Confusões, por orientação da Casa Civil, que viu no projeto a possibilidade de um crime ambiental e desvio de recursos públicos durante a campanha eleitoral.
“O mais criminoso nesse projeto é ampliar um parque nacional que já tem 502 mil hectares e nenhum funcionário público, apenas o chefe da unidade, um engenheiro agrônomo da cidade de Caracol. Até hoje, esse parque não recebeu recursos para sua implementação e com sua ampliação, alem de não resolver o drama da destruição da última floresta do semi-árido brasileiro, exatamente na Serra Vermelha, vai beneficiar políticos e empresários de outros estados como o carioca João Batista Fernandes, dono da JB Carbon” disse Miriam Prochnow, que representa a Rede de Ongs da Mata Atlântica.
ONGS VÃO DENUNCIAR ESCÂNDALO EM GRANDES JORNAIS
Desde o começo da semana que uma equipe do Globo Rural de São Paulo está no interior do Piauí fazendo uma ampla matéria sobre os crimes ambientais que são cometidos no Sul do Piauí por empresários e políticos. Na última terça-feira eles estiveram na Serra Vermelha para mostrar o projeto Energia Verde, que deve voltar a produzir carvão em 2011 na última área selvagem do Nordeste.
Em São Paulo, jornalistas dos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e das revistas Veja, Istoé e Época, também estão recebendo documentos sobre esse grande escândalo político e ambiental que está acontecendo no Piauí. Em Brasília, hoje, os repórteres estão na cola no Ministro Paulo Bernardo da Silva e dos senadores do Piauí, para saber detalhes desse crime.
A ideia dos ambientalistas é fazer uma grande campanha nos próximos dias para mostrar ao atual governador do Piauí, Wilson Martins, o crime que estão envolvendo o Estado do Piauí, com a indenização de R$ 150 milhões para pagamento de empresários e políticos que vivem da destruição da natureza e que agora, com esse projeto, podem ser beneficiados.
O caso do João Batista Fernandes, do Rio de Janeiro, por exemplo, chama a atenção dos repórteres. Acusado pelo próprio Interpi de grilagem de terras na Serra Vermelha, ele deve ser um dos beneficiados com os R$ 150 milhões e ainda deve retornar com seu projeto de carvão. O empresário financiou a campanha de vários políticos em 2006.
Ao contrário, o Governo do Piauí sob a liderança de Dalton Macambira, fez tanta pressão junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e ao Instituto Chico Mendes (ICMBio), que o Ministro Paulo Bernardo Silva, do Planejamento, apresentou um Projeto de Lei na comissão mista do orçamento, destinando R$ 150 milhões para o MMA indenizar os proprietários de terras nas proximidades do Parque Nacional Serra das Confusões. Parece loucura, mais isso não muda em nada a situação de abandono da Serra Vermelha.
Ao contrário, serão beneficiados com esses recursos, políticos e empresários como o próprio João Batista Fernandes e o deputado federal Marcelo Castro, que dizem ter propriedades nessa região. “O mais grave de todo esse escândalo, é que a área da Serra Vermelha, motivo de tantas campanhas pela preservação da área, ficará de fora desse trecho que será ampliado na Serra das Confusões” desabafa a jornalista Tânia Martins, que representa os ambientalistas no Grupo de Trabalho criado pelo MMA.
Com esse projeto de Lei, o empreendimento Energia Verde, da JB Carbon, fica de fora da área de ampliação do parque das Confusões e a produção de carvão vegetal oriundo de matas nativas do Piauí, pode retornar a qualquer momento, mesmo que o empresário tenha tido sucessivas derrotas na Justiça Federal que cancelou o projeto.
Alguns meses atrás o próprio presidente Lula, foi aconselhado a não assinar o decreto de ampliação do Parque Nacional Serra das Confusões, por orientação da Casa Civil, que viu no projeto a possibilidade de um crime ambiental e desvio de recursos públicos durante a campanha eleitoral.
“O mais criminoso nesse projeto é ampliar um parque nacional que já tem 502 mil hectares e nenhum funcionário público, apenas o chefe da unidade, um engenheiro agrônomo da cidade de Caracol. Até hoje, esse parque não recebeu recursos para sua implementação e com sua ampliação, alem de não resolver o drama da destruição da última floresta do semi-árido brasileiro, exatamente na Serra Vermelha, vai beneficiar políticos e empresários de outros estados como o carioca João Batista Fernandes, dono da JB Carbon” disse Miriam Prochnow, que representa a Rede de Ongs da Mata Atlântica.
ONGS VÃO DENUNCIAR ESCÂNDALO EM GRANDES JORNAIS
Desde o começo da semana que uma equipe do Globo Rural de São Paulo está no interior do Piauí fazendo uma ampla matéria sobre os crimes ambientais que são cometidos no Sul do Piauí por empresários e políticos. Na última terça-feira eles estiveram na Serra Vermelha para mostrar o projeto Energia Verde, que deve voltar a produzir carvão em 2011 na última área selvagem do Nordeste.
Em São Paulo, jornalistas dos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e das revistas Veja, Istoé e Época, também estão recebendo documentos sobre esse grande escândalo político e ambiental que está acontecendo no Piauí. Em Brasília, hoje, os repórteres estão na cola no Ministro Paulo Bernardo da Silva e dos senadores do Piauí, para saber detalhes desse crime.
A ideia dos ambientalistas é fazer uma grande campanha nos próximos dias para mostrar ao atual governador do Piauí, Wilson Martins, o crime que estão envolvendo o Estado do Piauí, com a indenização de R$ 150 milhões para pagamento de empresários e políticos que vivem da destruição da natureza e que agora, com esse projeto, podem ser beneficiados.
O caso do João Batista Fernandes, do Rio de Janeiro, por exemplo, chama a atenção dos repórteres. Acusado pelo próprio Interpi de grilagem de terras na Serra Vermelha, ele deve ser um dos beneficiados com os R$ 150 milhões e ainda deve retornar com seu projeto de carvão. O empresário financiou a campanha de vários políticos em 2006.
Fonte: REAPI
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