ONDE ORIGINOU O 1° HOMEM DAS AMERICAS?
NO PIAUÍ, LUGAR DE GENTE FELIZ, QUE NÃO PRECISA PISAR NOS OUTRO PARA SE APARECER. AQUI TEMOS DE TUDO O QUE É BOM, ALÉM DAS PESSOAS INTELIGENTE E EDUCADOS, TEMOS TABEM OS MAIS INTELIGENTES DO BRASIL. EX: PETRONIO PORTELA, REIS VELOSO, CASTELINHO, DA COSTA E SILVA, TORQUARTO NETO, EVANDRO LINS E SILVA E MUITOS OUTROS INTELECTUAIS QUE VEM AJUDANDO A CONSTRUIR O BRASIL, COM SUA INTELIGENCIAS E COMPETENCIAS SEM IGUAL. NÓS PIAUIENSES NÃO PRECISAMOS RESPONDER AO ZO(TOLO), PORQUE TENHO CERTEZA QUE ALÉM DELE ESTAR ARREPENDIDO AGORA ELE CONHECEU O PIAUÍ E NUNCA MAIS IRÁ ESQUECER. E PARA ELE QUERO DIZER APENAS UMA FRASE: CONHECIMENTO AS VEZES AGENTE CONSEGUE SOFRENDO - BONS MARTIRIOS PARA ELE.
domingo, 26 de agosto de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
FUNDISTA RIOGRANDENSE ESTÁ NO MUNDIAL DO JAPÃO

FUNDISTA RIOGRANDENSE ESTÁ NO MUNDIAL DO JAPÃO
José Telles tentará melhor resultado do Brasil em MundiaisMaratonista piauiense embarca nesta terça para o Mundial de Atletismo no Japão, onde quer ao menos o terceiro lugar.
Às 15h desta terça-feira, o fundista José Telles embarca rumo ao Japão. Em Osaka, o piauiense de Rio Grande quer fazer história. No Mundial de Atletismo ele tentará obter o melhor resultado do Brasil na Maratona - o país não passou do terceiro lugar no torneio. Em entrevista para o Cidadeverde.com, ele falou com confiança no resultado positivo na competição, que tem início justamente com a sua prova.
Campeão da Maratona Internacional de São Paulo em 2005, Telles ficou fora dos Jogos Pan-Americanos por uma diferença de 13 segundos para aquele que acabou sendo o campeão da Maratona, o mineiro Franck Caldeira. Passada a perda da vaga, ele foca agora apenas o Mundial e os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Na preperação, mais uma temporada em Paipa, cidade comlombiana localizada 2.600 metros acima do nível do mar. O treino em altitude aumenta a resistência física de quem precisa se manter firme e rápido em 42 quilômetros de prova. "Fiquei 45 dias em Caico com o grupo brasileiro que se preparava para o Pan. Foi um treinamento de alto nível", disse Telles.
O piauiense está confiante. Retornou da Colômbia e no dia seguinte partiu para a vitória na 10km Unicsul, em São Paulo. O resultado animou o fundista, que quer chegar longe no Mundial. "Acredito que, com o treinamento que fiz, fico entre os 10 primeiros na pior das hipóteses. Treinei muito, estou me sentindo muito bem e quero chegar ao pódio", afirmou José Telles, que sonha em igualar ou superar a marca de Luiz Antonio dos Santos, bronze em 1995 na Maratona no Mundial de Gotemburgo, na Suécia. É o melhor resultado brasileiro em mundiais.
Casado, pai de três filhos, Telles mora em São Paulo há 12 anos. Com 1,67m e 57 kg ele treina no Esporte Clube Pinheiros e é atleta patrocinado pela Mizuno. No Japão, ele e os outros 41 integrantes da seleção brasileira passarão por um período de aclimatação na cidade de Kobe, até o dia 20. No dia 21, todos seguem para Osaka. Entre eles, cinco medalhistas pan-americanos: Maurren Maggi e Keila Costa, do Salto em Distância; Jadel Gregório, número 2 do mundo no Salto Triplo; Fabiana Murer, número 3 do mundo no salto com vara; e Fábio Gomes, recordista sul-americano do Salto com Vara.
Fábio Limafabiolima@cidadeverde.com
Às 15h desta terça-feira, o fundista José Telles embarca rumo ao Japão. Em Osaka, o piauiense de Rio Grande quer fazer história. No Mundial de Atletismo ele tentará obter o melhor resultado do Brasil na Maratona - o país não passou do terceiro lugar no torneio. Em entrevista para o Cidadeverde.com, ele falou com confiança no resultado positivo na competição, que tem início justamente com a sua prova.
Campeão da Maratona Internacional de São Paulo em 2005, Telles ficou fora dos Jogos Pan-Americanos por uma diferença de 13 segundos para aquele que acabou sendo o campeão da Maratona, o mineiro Franck Caldeira. Passada a perda da vaga, ele foca agora apenas o Mundial e os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Na preperação, mais uma temporada em Paipa, cidade comlombiana localizada 2.600 metros acima do nível do mar. O treino em altitude aumenta a resistência física de quem precisa se manter firme e rápido em 42 quilômetros de prova. "Fiquei 45 dias em Caico com o grupo brasileiro que se preparava para o Pan. Foi um treinamento de alto nível", disse Telles.
O piauiense está confiante. Retornou da Colômbia e no dia seguinte partiu para a vitória na 10km Unicsul, em São Paulo. O resultado animou o fundista, que quer chegar longe no Mundial. "Acredito que, com o treinamento que fiz, fico entre os 10 primeiros na pior das hipóteses. Treinei muito, estou me sentindo muito bem e quero chegar ao pódio", afirmou José Telles, que sonha em igualar ou superar a marca de Luiz Antonio dos Santos, bronze em 1995 na Maratona no Mundial de Gotemburgo, na Suécia. É o melhor resultado brasileiro em mundiais.
Casado, pai de três filhos, Telles mora em São Paulo há 12 anos. Com 1,67m e 57 kg ele treina no Esporte Clube Pinheiros e é atleta patrocinado pela Mizuno. No Japão, ele e os outros 41 integrantes da seleção brasileira passarão por um período de aclimatação na cidade de Kobe, até o dia 20. No dia 21, todos seguem para Osaka. Entre eles, cinco medalhistas pan-americanos: Maurren Maggi e Keila Costa, do Salto em Distância; Jadel Gregório, número 2 do mundo no Salto Triplo; Fabiana Murer, número 3 do mundo no salto com vara; e Fábio Gomes, recordista sul-americano do Salto com Vara.
Fábio Limafabiolima@cidadeverde.com
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
ESSE É O MUNDO QUE A MÍDIA MUNDIAL NÃO FAZEM SENSACIONALISMO
terça-feira, 7 de agosto de 2007
PARTE DA FAMÍLIA CORREIA
FESTA DE FORMATURA DE
SUZETTE, A PRIMEIRA NETA DE PAI A SE FORMAR.
DA ESQUERDA PRA DIREITA:
VALBERÂNIA-LILI-JOÃO-SUZETTE-WILSON-MARISA-CAIO.
PENSE NUMA FESTA BOA...CERVEJA E CARNE ATÉ O FIM.
domingo, 5 de agosto de 2007
Fundistas piauienses vencem prova em São PauloJosé Telles e Domingos Nonato foram os primeiros na 10Km Unicsul, disputada na manhã deste domingo.
Telles: Vitória de surpresaJosé Telles voltou ao Brasil neste sábado e decidiu correr os 10KM Unicsul, na manhã deste domingo. Correu e venceu, tendo outro piauiense ao seu lado no pódio. Domingos Nonato ficou com a segunda posição na prova, que serviu mais como preparação para Telles. Depois de uma preparação na altitude, na Colômbia, ele segue semana que vem para o Japão, onde disputa a Maratona do Mundial de Atletismo, na cidade de Osaka.
“A prova foi bastante dura. Voltei especialmente para correr a prova, que faz parte do meu treinamento para o Mundial. O treino que fiz na Colômbia já está dando resultado”, disse ao site do evento. Telles venceu a prova com 29min34s, praticamente empatado com o conterrâneo Domingos Nonato, que chegou apenas um segundo atrás do colega. “Tenho 28min54s na pista e acho que fiz uma grande prova. Perdi para um atleta de alto nível”, afirmou Nonato ao site do evento.
Fora do Pan 2007 por ter ficado 13 segundos atrás do medalhista de ouro Franck Caldeira no ranking nacional, Telles viaja dia 14 para Osaka com a intenção de baixar seu tempo na prova. Ele quer garantir vaga nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. A disputa da Maratona será no dia 25.
A prova teve largada e chegada na Assembléia Legislativa, no Parque do Ibirapuera. A temperatura girou em torno de 15 graus. Entre as mulheres a campeã foi a paraibana Ednalva Laureano, a Pretinha. A prova contou com quase 3 mil competidores. Confira os resultados:
Masculino1º José Telles 29min34s2º Domingos Nonato da Silva 29min35s3º Paulo Alves dos Santos 29min41s4º Francisco Barbosa dos Santos 29min43s5º Luiz Paulo Antunes 29min57s
Feminino1º Ednalva Laureano 33min57s2º Edielza dos Santos 34min11s3º Luzia Pinto 34min16s4º Alice Milgo 34min50s5º Marizete dos Santos 35min07s Fábio Lima (Com informações da assessoria do evento)fabiolima@cidadeverde.com
Telles: Vitória de surpresaJosé Telles voltou ao Brasil neste sábado e decidiu correr os 10KM Unicsul, na manhã deste domingo. Correu e venceu, tendo outro piauiense ao seu lado no pódio. Domingos Nonato ficou com a segunda posição na prova, que serviu mais como preparação para Telles. Depois de uma preparação na altitude, na Colômbia, ele segue semana que vem para o Japão, onde disputa a Maratona do Mundial de Atletismo, na cidade de Osaka.
“A prova foi bastante dura. Voltei especialmente para correr a prova, que faz parte do meu treinamento para o Mundial. O treino que fiz na Colômbia já está dando resultado”, disse ao site do evento. Telles venceu a prova com 29min34s, praticamente empatado com o conterrâneo Domingos Nonato, que chegou apenas um segundo atrás do colega. “Tenho 28min54s na pista e acho que fiz uma grande prova. Perdi para um atleta de alto nível”, afirmou Nonato ao site do evento.
Fora do Pan 2007 por ter ficado 13 segundos atrás do medalhista de ouro Franck Caldeira no ranking nacional, Telles viaja dia 14 para Osaka com a intenção de baixar seu tempo na prova. Ele quer garantir vaga nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. A disputa da Maratona será no dia 25.
A prova teve largada e chegada na Assembléia Legislativa, no Parque do Ibirapuera. A temperatura girou em torno de 15 graus. Entre as mulheres a campeã foi a paraibana Ednalva Laureano, a Pretinha. A prova contou com quase 3 mil competidores. Confira os resultados:
Masculino1º José Telles 29min34s2º Domingos Nonato da Silva 29min35s3º Paulo Alves dos Santos 29min41s4º Francisco Barbosa dos Santos 29min43s5º Luiz Paulo Antunes 29min57s
Feminino1º Ednalva Laureano 33min57s2º Edielza dos Santos 34min11s3º Luzia Pinto 34min16s4º Alice Milgo 34min50s5º Marizete dos Santos 35min07s Fábio Lima (Com informações da assessoria do evento)fabiolima@cidadeverde.com
quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A LUTA CONTINUA: UNIDOS SEREMOS CADA VEZ MAIS FORTES!!!
Neste momento em que a sociedade está levada pelos discursos e propagandas vinculados nos meios de comunicação, todos tendem a esquecerem das suas verdadeiras personalidades.
Passamos a viver e sobreviver acordados pelos comandos da mídia internacionalizada, as pessoas estão deixando se levar pelo poder imposto pela grande imprensa, globalizada, elitizada e acima de tudo, neoliberal.
Onde até o poder de critica do cidadão passa a ser sufocado, pelo bombardeamento de informações deturpada e alienadora propositalmente, para que o cidadão não venha a tomar as suas próprias decisões. Tudo atualmente, até o próprio comentário que você possa fazer, tomando por base o conhecimento cientifico, por mais que esteja correto, ninguém dar valor, devido você não fazer parte dos grandes grupos que lideram a imprensa falada, escrita e televisiva, isso deve ao fato de que hoje em dia o valor das coisas e das pessoas estão atrelados ao valor agregado imposto pela grande mídia internacionalizada.
Nós que fazemos o movimento sindical não só no Brasil, mas em todo o mundo, estamos sendo excluído cada vez mais do real valor que temos, isso ocorre não é somente por culpa do trabalhador e trabalhadora, mais sim, devido a um processo constante de construção do individualismo exagerado promovido pelo movimento neoliberal, patrocinado pelo sistema capitalista.
É fato que há alguns anos o movimento sindical vem caindo no seu conceito. Isso evidencia a minha posição, no trabalho patrocinado pelos grandes patrões para induzir os trabalhadores e trabalhadoras a permanecerem na inércia.
Esse mesmo movimento sindical há alguns anos era mais valorizado pela mídia, isso porque, foi através dos movimentos sindicais que construímos uma sociedade mais estruturada e organizada o que favoreceu muito daqueles que atualmente dirigem os destinos do nosso país e se transformaram em grandes patrões que hoje estão do outro lado, se opondo a continuidade da luta em busca de uma sociedade mais digna e igualitária.
Para as avaliações que criticam o movimento dizendo que o Sindicato não faz nada, é importante que ao criticar, é necessário fazer uma reflexão pessoal. O sindicato somos todos nós que estamos na luta para sobreviver, os que estão no dia-a-dia segurando a “bandeira”, e estar alheios aos ataques que são desferidos pelos nossos chefes ou pelo nosso governo não vai favorecer luta. Ninguém pode ficar a mercê da orientação do chefe. Muitos têm o prazer de perseguir o servidor, que por sua vez fica subserviente.
É preciso levantar a cabeça e exigir nossos direitos. Venha se juntar a nós e engrossar as fileiras daqueles que ainda não se deram por vencidos, porque ainda acredita que só através da luta é que iremos conseguir alcançar o bem estar para a nossa família e por que não dizer para nossa sociedade.
Prof° João Correia
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
A INVENÇÃO DA CRISE
CHAUÍ EXCLUSIVO: A INVENÇÃO DA CRISE
Exclusivo
A invenção da crise
Marilena Chauí
Era o fim da tarde. Estava num hotel-fazenda com meus netos e resolvemos ver jogos do PAN-2007. Liguei a televisão e “caí” num canal que exibia um incêndio de imensas proporções enquanto a voz de um locutor dizia: “o governo matou 200 pessoas!”. Fiquei estarrecida e minha primeira reação foi típica de sul-americana dos anos 1960: “Meu Deus! É como o La Moneda e Allende! Lula deve estar cercado no Palácio do Planalto, há um golpe de Estado e já houve 200 mortes! Que vamos fazer?”. Mas enquanto meu pensamento tomava essa direção, a imagem na tela mudou. Apareceu um locutor que bradava: “Mais um crime do apagão aéreo! O avião da TAM não tinha condições para pousar em Congonhas porque a pista não está pronta e porque não há espaço para manobra! Mais um crime do governo!”. Só então compreendi que se tratava de um acidente aéreo e que o locutor responsabilizava o governo pelo acontecimento. Fiquei ainda mais perplexa: como o locutor sabia qual a causa do acidente, se esta só é conhecida depois da abertura da caixa preta do avião? Enquanto me fazia esta pergunta e angustiada desejava saber o que havia ocorrido, pensando no desespero dos passageiros e de suas famílias, o locutor, por algum motivo, mudou a locução: surgiram expressões como “parece que”, “pode ser que”, “quando se souber o que aconteceu”. E eu me disse: mas se é assim, como ele pôde dizer, há alguns segundos, que o governo cometeu o crime de assassinar 200 pessoas? Mudei de canal. E a situação se repetia em todos os canais: primeiro, a afirmação peremptória de que se tratava de mais um episódio da crise do apagão aéreo; a seguir, que se tratava de mais uma calamidade produzida pelo governo Lula; em seguida, que não se sabia se a causa do acidente havia sido a pista molhada ou uma falha do avião. Pessoas eram entrevistadas para dizer (of course) o que sentiam. Autoridades de todo tipo eram trazidas à tela para explicar porque Lula era responsável pelo acidente. ETC. Mas de todo o aparato espetacular de exploração da tragédia e de absoluto silêncio sobre a empresa aérea, que conta em seu passivo com mais de 10 acidentes entre 1996 e 2007 (incluindo o que matou o próprio dono da empresa!), o que me deixou paralisada foi o instante inicial do “noticiário”, quando vi a primeira imagem e ouvi a primeira fala, isto é, a presença da guerra civil e do golpe de Estado. A desaparição da imagem do incêndio e a mudança das falas nos dias seguintes não alteraram minha primeira impressão: a grande mídia foi montando, primeiro, um cenário de guerra e, depois, de golpe de Estado. E, em certos casos, a atitude chega ao ridículo, estabelecendo relações entre o acidente da TAM, o governo Lula, Marx, Lênin e Stálin, mais o Muro de Berlim!!!
1) Que papel desempenhou a mídia brasileira – especialmente a televisão – na “crise aérea” ? Meu relato já lhe dá uma idéia do que penso. O que mais impressiona é a velocidade com que a mídia determinou as causas do acidente, apontou responsáveis e definiu soluções urgentes e drásticas! Mas acho que vale a pena lembrar o essencial: desde o governo FHC, há o projeto de privatizar a INFRAERO e o acidente da GOL, mais a atitude compreensível de auto-proteção assumida pelos controladores aéreos foi o estopim para iniciar uma campanha focalizando a incompetência governamental, de maneira a transformar numa verdade de fato e de direito a necessidade da privatização. É disso que se trata no plano dos interesses econômicos. No plano político, a invenção da crise aérea simplesmente é mais um episódio do fato da mídia e certos setores oposicionistas não admitirem a legitimidade da reeleição de Lula, vista como ofensa pessoal à competência técnica e política da auto-denominada elite brasileira. É bom a gente não esquecer de uma afirmação paradigmática da mídia e desses setores oposicionistas no dia seguinte às eleições: “o povo votou contra a opinião pública”. Eu acho essa afirmação o mais perfeito auto-retrato da mídia brasileira! Do ponto de vista da operação midiática propriamente dita, é interessante observar que a mídia:
a) não dá às greves dos funcionários do INSS a mesma relevância que recebem as ações dos controladores aéreos, embora os efeitos sobre as vidas humanas sejam muito mais graves no primeiro caso do que no segundo. Mas pobre trabalhador nasceu para sofrer e morrer, não é? Já a classe média e a elite... bem, é diferente, não? A dedicação quase religiosa da mídia com os atrasos de aviões chega a ser comovente...b) noticiou o acidente da TAM dando explicações como se fossem favas contadas sobre as causas do acontecimento antes que qualquer informação segura pudesse ser transmitida à população. Primeiro, atribuiu o acidente à pista de Congonhas e à Infraero; depois aos excessos da malha aérea, responsabilizando a ANAC; em seguida, depois de haver deixado bem marcada a responsabilidade do governo, levantou suspeitas sobre o piloto (novato, desconhecia o AIRBUS, errou na velocidade de pouso, etc.); passou como gato sobre brasas acerca da responsabilidade da TAM; fez afirmações sobre a extensão da pista principal de Congonhas como insuficiente, deixando de lado, por exemplo, que a de Santos Dumont e Pampulha são menos extensas;c) estabeleceu ligações entre o acidente da GOL e o da TAM e de ambos com a posição dos controladores aéreos, da ANAC e da INFRAERO, levando a população a identificar fatos diferentes e sem ligação entre si, criando o sentimento de pânico, insegurança, cólera e indignação contra o governo Lula. Esses sentimentos foram aumentados com a foto de Marco Aurélio Garcia e a repetição descontextualizada de frases de Guido Mântega, Marta Suplicy e Lula;d) definiu uma cronologia para a crise aérea dando-lhe um começo no acidente da GOL, quando se sabe que há mais de 15 anos o setor aéreo vem tendo problemas variados; em suma, produziu uma cronologia que faz coincidir os problemas do setor e o governo Lula;e) vem deixando em silêncio a péssima atuação da TAM, que conta em seu passivo com mais de 10 acidentes, desde 1996, três deles ocorridos em Congonhas e um deles em Paris – e não dá para dizer que as condições áreas da França são inadequadas! A supervisão dos aparelhos é feita em menos de 15 minutos; defeitos são considerados sem gravidade e a decolagem autorizada, resultando em retornos quase imediatos ao ponto de partida; os pilotos voam mais tempo do que o recomendado; a rotatividade da mão de obra é intensa; a carga excede o peso permitido (consta que o AIRBUS acidentado estava com excesso de combustível por haver enchido os tanques acima do recomendado porque o combustível é mais barato em Porto Alegre!); etc. f) não dá (e sobretudo não deu nos primeiros dias) nenhuma atenção ao fato de que Congonhas, entre 1986 e 1994, só fazia ponte-aérea e, sem mais essa nem aquela, desde 1995 passou a fazer até operações internacionais. Por que será? Que aconteceu a partir de 1995?g) não dá (e sobretudo não deu nos primeiros dias) nenhuma atenção ao fato de que, desde os anos 1980, a exploração imobiliária (ou o eterno poder das construtoras) verticalizou gigantesca e criminosamente Moema, Indianópolis, Campo Belo e Jabaquara. Quando Erundina foi prefeita, lembro-me da grande quantidade de edifícios projetados para esses bairros e cuja construção foi proibida ou embargada, mas que subiram aos céus sem problema a partir de 1993. Por que? Qual a responsabilidade da Prefeitura e da Câmara Municipal?
2) Como a sra. avalia a reação do Governo Lula à atuação da mídia nesse episódio ? Fraca e decepcionante, como no caso do mensalão. Demorou para se manifestar. Quando o fez, se colocou na defensiva.O que teria sido politicamente eficaz e adequado? Já na primeira hora, entrar em rede nacional de rádio e televisão e expor à população o ocorrido, as providências tomadas e a necessidade de aguardar informações seguras. Todos os dias, no chamado “horário nobre”, entrar em rede nacional de rádio e televisão, expondo as ações do dia não só no tocante ao acidente, mas também com relação às questões aéreas nacionais, além de apresentar novos fatos e novas informações, desmentindo informações incorretas e alertando a população sobre isso.Mobilizar os parlamentares e o PT para uma ação nacional de informação, esclarecimento e refutação imediata de notícias incorretas.
3) Em “Leituras da Crise”, a sra. discute a tentativa do impeachment do Presidente na chamada “crise do mensalão”. A sra. vê sinais de uma nova tentativa de impeachment ? Sim. Como eu disse acima, a mídia e setores da oposição política ainda estão inconformados com a reeleição de Lula e farão durante o segundo mandato o que fizeram durante o primeiro, isto é, a tentativa contínua de um golpe de Estado. Tentaram desestabilizar o governo usando como arma as ações da Polícia Federal e do Ministério Público e, depois, com o caso Renan (aliás, o governador Requião foi o único que teve a presença de espírito e a coragem política para indagar porque não houve uma CPI contra o presidente FHC, cuja história privada, durante a presidência, se assemelhou muito à de Renan Calheiros). Como nenhuma das duas tentativas funcionou, esperou-se que a “crise aérea” fizesse o serviço. Como isso não vai acontecer, vamos ver qual vai ser a próxima tentativa, pois isso vai ser assim durante quatro anos.
4) No fim de “Simulacro e Poder” a sra. diz: “... essa ideologia opera com a figura do especialista. Os meios de comunicação não só se alimentam dessa figura, mas não cessam de instituí-la como sujeito da comunicação ...Ideologicamente ... o poder da comunicação de massa não é igual ou semelhante ao da antiga ideologia burguesa, que realizava uma inculcação de valores e idéias. Dizendo-nos o que devemos pensar, sentir, falar e fazer, (a comunicação de massa) afirma que nada sabemos e seu poder se realiza como intimidação social e cultural... O que torna possível essa intimidação e a eficácia da operação dos especialistas ... é ... a presença cotidiana ... em todas as esferas da nossa existência ... essa capacidade é a competência suprema, a forma máxima de poder: o de criar realidade. Esse poder é ainda maior (igualando-se ao divino) quando, graças a instrumentos técnico-cientificos, essa realidade é virtual ou a virtualidade é real...” Qual a relação entre esse trecho de “Simulacro e Poder” e o que se passa hoje ? Antes de me referir à questão do virtual, gostaria de enfatizar a figura do especialista competente, isto é, daquele é supostamente portador de um saber que os demais não possuem e que lhe dá o direito e o poder de mandar, comandar, impor suas idéias e valores e dirigir as consciências e ações dos demais. Como vivemos na chamada “sociedade do conhecimento”, isto é, uma sociedade na qual a ciência e a técnica se tornaram forças produtivas do capital e na qual a posse de conhecimentos ou de informações determina a quantidade e extensão de poder, o especialista tem um poder de intimidação social porque aparece como aquele que possui o conhecimento verdadeiro, enquanto os demais são ignorantes e incompetentes. Do ponto de vista da democracia, essa situação exige o trabalho incessante dos movimentos sociais e populares para afirmar sua competência social e política, reivindicar e defender direitos que assegurem sua validade como cidadãos e como seres humanos, que não podem ser invalidados pela ideologia da competência tecno-científica. E é essa suposta competência que aparece com toda força na produção do virtual. Em “Simulacro e poder” em me refiro ao virtual produzido pelos novos meios tecnológicos de informação e comunicação, que substituem o espaço e o tempo reais – isto é, da percepção, da vivência individual e coletiva, da geografia e da história – por um espaço e um tempo reduzidos a um única dimensão; o espaço virtual só possui a dimensão do “aqui” (não há o distante e o próximo, o invisível, a diferença) e o tempo virtual só possui a dimensão do “agora” (não há o antes e o depois, o passado e o futuro, o escoamento e o fluxo temporais). Ora, as experiências de espaço e tempo são determinantes de noções como identidade e alteridade, subjetividade e objetividade, causalidade, necessidade, liberdade, finalidade, acaso, contingência, desejo, virtude, vício, etc. Isso significa que as categorias de que dispomos para pensar o mundo deixam de ser operantes quando passamos para o plano do virtual e este substitui a realidade por algo outro, ou uma “realidade” outra, produzida exclusivamente por meios tecnológicos. Como se trata da produção de uma “realidade”, trata-se de um ato de criação, que outrora as religiões atribuíam ao divino e a filosofia atribuía à natureza. Os meios de informação e comunicação julgam ter tomado o lugar dos deuses e da natureza e por isso são onipotentes – ou melhor, acreditam-se onipotentes. Penso que a mídia absorve esse aspecto metafísico das novas tecnologias, o transforma em ideologia e se coloca a si mesma como poder criador de realidade: o mundo é o que está na tela da televisão, do computador ou do celular. A “crise aérea” a partir da encenação espetacularizada da tragédia do acidente do avião da TAM é um caso exemplar de criação de “realidade”. Mas essa onipotência da mídia tem sido contestada socialmente, politicamente e artisticamente: o que se passa hoje no Iraque, a revolta dos jovens franceses de origem africana e oriental, o fracasso do golpe contra Chavez, na Venezuela, a “crise do mensalão” e a “crise aérea”, no Brasil, um livro como “O apanhador de pipas” ou um filme como “Filhos da Esperança” são bons exemplos da contestação dessa onipotência midiática fundada na tecnologia do virtual.
CONVERSA AVIADA / PAULO HENRIQUE AMORIM
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