Os docentes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) deflagram greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (08). "Não tivemos outra escolha. Desde janeiro estamos tentando negociação com o governo do estado, mas nunca fomos recebidos em reunião para apresentarmos nossa pauta", afirma o presidente da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp), Daniel Solon. A categoria reivindica melhoria salarial, concurso público para professor efetivo (700 vagas) e melhoria estrutural da universidade, como reforço do acervo das bibliotecas, construção de laboratórios, salas para professor e compra de equipamentos, como data show, para as coordenações de curso.
Atualmente, o salário de um professor 20h da Uespi é de apenas R$ 506,88. Ou seja, é menor que salário de estudantes da Uespi que trabalham como bolsistas no Estado ou no município. Sobre a necessidade de concurso público, 62% dos professores da Uespi são substitutos, com contratos temporários. A lei proíbe que o número de substitutos seja maior que 20%. "A reitoria anunciou que haverá concurso para 120 vagas para professor efetivo. Isso já é resultado da luta da categoria, mas o número é insuficiente para a real necessidade", disse Daniel.
O sindicalista denuncia ainda a precariedade de funcionamento da Universidade, que carece de vários laboratórios e melhoria emergencial do acervo de bibliotecas. "O acervo das bibliotecas é insuficiente. Na capital e interior, vários cursos sofrem com a falta de laboratórios. Ainda há falta de vários equipamentos. No campus Poeta Torquato Neto (Pirajá), nenhum dos 22 cursos da Uespi possui sequer um data show", completou o sindicalista.
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