15/06/2009 - 13:33 - Rômulo Maia - Fotos: Arquivo Portal AZ
Ministério Público
A fundação é constituída pelas empresas Limpel, Servi-san e Gráfica Halley. As duas primeiras já são investigadas pelo Ministério Público do Trabalho em outro processo, acusadas de fornecer mão-de-obra terceirizada ao poder público estadual. De acordo com Marcilio Costa, presidente do Sintuespi, a aliança empresarial tem uma intenção clara: burlar licitações e “driblar” a justiça na contratação de pessoal terceirizado.
“Estão usando a Fauespi para driblar a justiça e continuar fornecendo pessoal terceirizado, já que a Fundação de Apoio está assumindo a terceirização na universidade”, denuncia Marcilio.
A Uespi possui atualmente, segundo levantamento do Sintuespi, mais de 400 trabalhadores terceirizados. A maioria deles exerce atividades administrativas e era contratada pela Fundação JET, que teve seu contrato com a universidade encerrado. Os mesmos trabalhadores esperam agora sua contratação pela Fauespi.
"Relação incestuosa”

“A Uespi transfere à fundação os serviços da universidade, como a atual emissão de carteiras estudantis, por exemplo; a Fauespi arrecada com isso, além de não precisar licitar esses serviços, já que a fundação é privada. E a fundação sequer foi licitada; o que houve foi a aprovação pelo Conselho Diretor da Uespi, de uma ‘relação institucional’ entre as duas. O pior é que a Fauespi é presidida pela reitora da Uespi, Valéria Madeira. Ou seja, ela promoveu a ‘parceria dela com ela mesma’, o que mostra uma ‘relação incestuosa’ e uma intenção bastante suspeita”, afirma o sindicalista Marcilio Costa [foto ao lado].
Procurada para falar sobre as denuncias, a reitora Valéria Madeira disse, através da Assessoria de Comunicação da Uespi, que só vai se manifestar sobre o assunto quando a universidade for notificada pelo Ministério Público Estadual.
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