Na manhã de hoje, enquanto uma comissão representativa de seis categorias negociava um entendimento de reajuste salarial com o secretário Kléber Eulálio, durante reunião no Salão Branco do Karnak, um grupo de professores do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) precisou de quase uma hora para conseguir permissão de acesso ao Palácio de Governo.
Até hoje, os docentes e demais servidores das escolas públicas do Piauí foram os únicos que sequer receberam uma proposta de reajuste, mesmo após o fim do prazo máximo estipulado em Lei, que é o mês de maio.
Após muita espera, os professores conseguiram a promessa de um aumento de 5,6% para os servidores que atuam na área administrativa. Já o reajuste dos docentes e demais trabalhadores da Educação (vigilantes, zeladores, etc.) será negociado posteriormente com o governador Wellington Dias.
Este acordo foi aceito pela diretoria do Sinte, mas não agradou parte dos professores que estavam na Praça da Liberdade munidos com faixas, bandeiras, cartazes e carro de som. Eles esperavam que o Governo do Estado apresentasse ainda nesta manhã um material definitivo, com propostas de reajustes para todas as categorias.
Incitados pelo professor Geraldo Carvalho, integrante da Executiva Estadual da Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), um grupo de professores reagiu com indignação ao posicionamento da presidente do Sinte, Odeni de Jesus Silva, e decidiram paralisar suas atividades mesmo sem o aval da diretoria do sindicato. "Nós não podemos desanimar. A Odeni acertou um conluio com o governador, uma conspiração contra sua própria categoria. Nós esperamos com paciência até hoje, mas agora negociaremos em greve", disse Geraldo.
Odeni respondeu às acusações dizendo que a greve não pode ser votada por um número inferior ao quórum de 800 professores. Na praça não estavam presentes sequer a metade desse total. "A greve só acontecerá em última hipótese, caso todas as negociações sejam esgotadas e não haja um consenso. Como o governador agendou uma audiência com o Sinte, não temos razão para iniciar greve", explicou a presidente do sindicato.
Autor/Fonte: Cícero Portela - direto do Karnak | Edição: Cícero Portel
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