quinta-feira, 3 de novembro de 2011

G20: Dilma oferece ajuda à Europa

da folhapress e Agência Estado



Em sua primeira intervenção na cúpula do G20, em Cannes, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil está pronto para contribuir com a Europa. Entretanto, ela acredita que a ajuda deve ser feita por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa é a modalidade defendida pelo Brasil, já que pode representar um aumento das cotas no fundo, no futuro, e da representatividade na governança global, ao contrário da compra direta de títulos da dívida da zona do euro


A presidenta disse que é solidária ao continente, mas ressaltou que é preciso "liderança, visão clara e rapidez" para solucionar a crise. Conforme Dilma, a Europa é um patrimônio democrático que precisa ser preservado. As observações foram feitas durante o almoço dos chefes de Estado e de governo na abertura da cúpula do G20 – a presidenta sentou-se entre o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, e o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak.


Dilma pediu detalhes do pacote europeu e colocou sua avaliação de que é preciso pensar em medidas que tragam o crescimento econômico. Para ela, a crise europeia pode respingar nos emergentes.


na oportunidade, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, transmitiu votos de pronta recuperação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mandou o seguinte recado: "Nós o amamos." O encontro do G20 prossegue até hoje.

OBAMA


O presidente dos EUA disse que os líderes mundiais precisam trabalhar “completamente e decisivamente” sobre os detalhes da estratégia da Europa para resolver sua crescente crise da dívida. “A (União Europeia) tomou alguns passos importantes na direção de uma solução abrangente”, afirmou Obama, em um comunicado após uma reunião com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. “Nós teremos de definir mais os detalhes sobre como o plano será totalmente e decisivamente implementado”, disse Obama, referindo-se à reunião do G20.


Os EUA, temendo as repercussões sobre a economia americana provenientes dos problemas da dívida da zona do euro, querem que a Europa construa um mecanismo de segurança muito maior contra a propagação da crise para suas principais economias e eleve as reservas de capital de seus bancos. Os líderes europeus concordaram no mês passado com um plano para aumentar o tamanho da Linha Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) de 440 bilhões para 1 trilhão.


Mas as autoridades norte-americanas estão preocupadas que a Europa não agiu rápido o suficiente para conter a crise e que seus esforços podem não ser suficientes para conter um potencial crise financeira global.


Falando sobre um dos projetos da França para o G20 este ano, a introdução de um imposto sobre as transações financeiras, Sarkozy disse que ele e Obama partilharam de uma visão comum sobre a necessidade de buscar contribuições do setor financeiro, mas não falou se o presidente dos EUA apoiava sua proposta.


“Nós partilhamos de uma análise comum”, afirmou Sar-kozy. “A indústria financeira precisa contribuir para a solução de atual crise.” Autoridades norte-americanas afirmaram que a taxa proposta por Sarkozy carecia de ímpeto político e não tem fortes defensores.


Perda de Força


Os países do G20 afirmarão em seu comunicado final que a recuperação da economia mundial perdeu força principalmente por causa da crise das dívidas soberanas da zona do euro, de acordo com uma versão prévia do documento. "Desde a nossa última reunião, a recuperação global se enfraqueceu, particularmente nos países avançados, deixando o desemprego em níveis inaceitáveis", afirma a prévia do comunicado. "As tensões nos mercados financeiros aumentaram, principalmente por causa dos riscos soberanos na Europa."


Segundo o documento preliminar, os líderes do G20 vão fechar um acordo sobre um plano de ação para impulsionar o crescimento, mas os detalhes devem ser divulgados em um outro comunicado. "Nós nos comprometemos a coordenar nossas ações e políticas. Concordamos com um Plano de Ação para o Crescimento e Empregos. Cada um de nós terá um papel."



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