

Desde a segunda-feira (14/02) os professores da rede estadual de ensino do Piauí estão em greve por tempo indeterminado. A paralisação iniciou justamente no dia em que as aulas da rede estadual deveriam iniciar. E ontem, os professores do Instituto de Educação Antonio Freire também decretaram greve por tempo indeterminado. Quase 800 mil estudantes da rede estadual estão sem aula e ainda não sabem quando vão iniciar o ano letivo.
Além da greve a crise na educação agora é baseada em denuncias graves contra a SEDUC. De acordo com a professora Odenir Silva, presidente do SINTE e João Correia, presidente do conselho do FUNDEB a Secretaria de Educação estaria desviando as verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação para financiar os Cursinhos Populares. Estes recursos devem ser usados apenas para finaciar a educação básica e a folha de pagamento dos professores, e segundo João Correia, não há lei no Brasil que regulamente estes cursinhos populares, “são apenas coisas criadas pelo governo para tirar os recursos de onde não se deve”.
As informações são de que pelo menos somente no ano de 2010 foi pago mais 1.300.000.00 (Um milhão e trezentos mil Reais) teriam sido usados indevidamente pela administração passada onde geriram a Seduc o professor Antônio José Medeiros e a professora Maria Xavier. “Estamos fazendo um levantamento e já estamos enviando para o Ministério Público para apurar esta situação. São dados reais! A administração precisa trabalhar melhor para administrar bem o dinheiro dos recursos para a educação”, diz João Correia. Para ele a contratação excessiva de professores substitutos também está dificultando que os educadores tenham a remuneração ajustada pelo governo do estado e pede: “Queremos um enxugamento da folha”.
Sobre os Cursinhos Populares, João diz que não vai aceitar que a situação continue como está. “Não há comprovação real de que o estudante tenha passado no vestibular porque fez os Cursinhos Populares. Queremos a ajuda do novo secretário, a situação é irregular e não dá para continuar”.
GREVE GERAL NO PIAUÍ
Desde a segunda (14/02) a educação está parada na rede estadual. E os professores pedem reajuste salarial de 15%, aumento de 5% no contracheque dos servidores, chamamento dos aprovados, além de reclamarem do acréscimo de 10% no IAPEP Saúde. São mais de 30 mil professores parados. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Odenir Silva, disse que há a expectativa de que até amanhã uma proposta seja feita pelo governo do Estado. “Sabemos que o governo já recebeu mais de 102 milhões Reais para a educação em 2011 e a lei prevê que 60% destes recursos devem ser destinado para financiar o reajuste salarial dos professores. A nossa revolta é grande, no estado poucas escolas não aderiram ao movimento, mas todos os dias recebemos mais mensagens e apoio”, afirma.
A avaliação feita hoje depois do Programa de Rádio "A Voz da Educação" na Rádio Pioneira de Teresina, é de que praticamente 100% das Escolas do Piauí estão paradas. Recebemos telefonemas de quase todas as Regionais e o balanço é positivo do movimento.
Um dos exemplo do fortalecimento de nosso movimento é de que cidades que nunca aderiram aos nossos movimentos hoje se encontram paralizados as atividades escolares. O dos exemplos é a cidade de Rio Grande do Piauí no Sul do Estado.
Mesmo de volta às aulas, os professores o Instituto de Educação Antonino Freire estão em estado de greve. Os educadores reivindicam a manutenção do instituto como entidade autônoma, já que o ISEAF foi transformado em unidade da UESPI na gestão de Wilson Martins. Ainda na lista de pedidos dos educadores está a isonomia salarial com professores de nível superior e a criação de quadros de professores efetivos. Os professores devem se reunir semanalmente e se não chegarem a um acordo com o governo do estado a previsão é de que a greve continue no mês de março.
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