Data de Publicação: 28 de setembro de 2011 às 22:24
A proposta do governo do Estado de reajuste da tabela salarial dos
professores da rede estadual de educação foi entregue oficialmente no
final da tarde desta quarta-feira (28) à direção do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública –Sinproesemma.
Diante de mais
uma argumentação do sindicato, com relação aos prazos de pagamento das
parcelas do reajuste de 20%, da 13ª à 25ª referência da tabela, o
governo antecipou de abril de 2012 para março, o pagamento da segunda
parcela, e de outubro de 2012 para setembro, o pagamento da terceira
parcela.
O pagamento da primeira parcela, equivalente a 12%, foi
mantido para o próximo mês de outubro, assim como os reajustes
diferenciados na escala decrescente de 38,84% a 22%, da primeira à 12ª
referência, e a incorporação de 20% da Gratificação de Atividade do
Magistério (GAM) , beneficiando todas as referências da tabela.
Confira as tabelas abaixo:
TABELA DE OUTUBRO DE 2011

TABELA DE MARÇO DE 2012

Mais uma vez, o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, esclarece
que o ponto em que chegaram as negociações com o governo, culminando com
essa proposta de tabela salarial, foi fruto de muita luta da categoria,
que fez uma greve difícil de 78 dias, e de muito debate entre a direção
do sindicato e a equipe do governo, nas últimas semanas. Ele lembra que
no início das negociações, o governo apresentou uma proposta de 26% de
reajuste, parcelados em quatro anos, e mesmo no final desse período, o
primeiro vencimento da tabela ainda estaria abaixo do piso salarial
determinado pelo Ministério da Educação (MEC), que atualmente é no valor
de R$ 1.187,00.

Diretores do Sinproesemma avaliam documento encaminhado pelo governo
“Houve, sem dúvida, uma evolução nos debates com o governo para
melhorar a proposta, chegando aos números de hoje. O governo disse que
chegou ao seu limite. Esgotamos todas as possibilidades de negociação.
Agora temos que apresentá-la à categoria nas assembléias regionais para
avaliação”, explicou o presidente.
Júlio Pinheiro também chama a
atenção para os aspectos que foram considerados na proposta final. De
acordo com o documento apresentado ao sindicato, o governo elenca alguns
pontos como a disponibilidade de implantar uma força-tarefa conjunta
para estabelecer um cronograma que implemente as solicitações de
progressões e titulações dos professores que estão aptos a receberem os
benefícios legais. Segundo o presidente, existem hoje cerca de 17 mil
pedidos pendentes de progressões de professores, que deram entrada na
Secretaria de Educação.
Além disso, ainda de acordo com a
proposta, o governo se compromete em descentralizar o atendimento de
juntas médicas, de São Luís para as regionais. “Atualmente, quando um
professor precisa de licença médica, se desloca do seu município para a
capital, onde o atendimento está centralizado”, explica o presidente.
Outro aspecto enfatizado pelo dirigente é quanto à continuidade da
discussão do Estatuto do Educador, garantida na proposta apresentada
pelo governo. “A discussão do Estatuto é fundamental para a categoria.
Esse reajuste da tabela é uma medida emergencial, para atender à
determinação do Piso, o aspecto mais importante são as definições que
devemos assegurar em torno da carreira profissional com a aprovação do
Estatuto do Educador, como por exemplo a incorporação da GAM e a
ampliação dos percentuais de progressão e titulação”, avalia Pinheiro.
CONFIRA O DOCUMENTO:


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