19/05/2008

g1.globo.com
Em sua edição desta semana, a revista Veja publicou uma matéria em que questiona o verdadeiro papel da ex-ministra Marina Silva enquanto esteve à frente da pasta de Meio Ambiente no governo Lula.
De acordo com a matéria, Marina Silva não teria passado de uma marionete, "uma peça de marketing exibida pelo governo Lula para mostrar uma suposta vocação ambientalista". Embora tenha sido extremamente ativa como defensora de preservação da Floresta Amazônica antes de aceitar o cargo oferecido por Lula -- mostrando "excelente trânsito entre as ONGs mais barulhentas do planeta" -- como ministra, não teve essa força. Pelo contrário, a revista revela que a ambientalista mostrou dificuldades em lidar com a burocracia do governo e com a pressão dos avanços do desenvolvimento.
Para a revista, Marina Silva não soube resolver a equação que envolvia crescimento econômico e proteção ambiental, principalmente na região amazônica, a qual preferia defender a todo custo a ceder em alguns pontos pelo bem do desenvolvimento da economia. Desde o primeiro mandato a ex-ministra do Meio Ambiente travava uma constante queda-de-braço com a então ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff no que se refere a concessões de licenças ambientais para a construção de hidrelétricas. Segundo Dilma, Marina era um obstáculo para o crescimento do país.
Para substituir Marina Silva, o presidente Lula escolheu outro político com "selo verde": Carlos Minc. O secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro tem vasta experiência como ambientalista e renome internacional na área. Apesar de militante pela causa ambiental, Minc é conhecido também por ter um comportamento menos radical em relação às políticas de desenvolvimento. Nos últimos 17 meses em que ocupou o cargo no Rio, por exemplo, emitiu "licenças para obras complexas e delicadas sob o ponto de vista ambiental, como um pólo petroquímico de 8,4 bilhões de dólares que a Petrobras vai construir próximo a um manguezal e um arco rodoviário de 146 quilômetros que atravessa uma reserva florestal", segundo Veja.
Enquanto Marina Silva lutou para evitar que a construção de estradas, a mineração, a geração de energia elétrica e a agricultura pudessem agir negativamente sobre o meio ambiente, não se sabe se Carlos Minc fará o mesmo.
Diante dessa "dança das cadeiras" no ministério do Meio Ambiente, você acredita que o presidente Lula está realmente disposto a salvar a Amazônia da devastação?
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